24 de set. de 2011
Mangás
É um mangá de comédia escolar escrito por Miki Yoshikawa, ex-assistente do Hiro Mashima (Criador de Rave Master, Fairy Tail, Monster Soul, Monster Hunter Orage e tals).
Mangá muito engraçado, na minha opinião chega a ser até mais engraçado que Fairy Tail.
O mangá está sendo traduzido pela OMG Scans, o tradutor e o editor faz uns comentarios bem divertidos também.
Sinopse:Shinagawa Daichi é um colegial delinquente que deseja apenas viver em paz. Porém, a representante de classe Adachi Hana quer ser amiga dele, mas Shinagawa não. Shinagawa acha Adachi extremamente irritante e parece que ele não consegue se livrar dela, então eles acabam se tornando amigos. Mangá Cheio de comédia e um toque de romance.
Algumas páginas:
Deadman Wonderland
Com muito sangue, ação e gente morrendo, esse mangá conta a história de Ganta Igarashi um estudante de 14 anos, que teve sua vida arruínada quando pela janela de sua sala, avista um homem misterioso encharcado de sangue. Esse homem mata todas as pessoas de sua sala, deixando apenas ele vivo.
Após ter desmaiado, Ganta acorda no hospital, e logo foi recebido com uma noticia nada boa. A polícia acusou injustamente Ganta como o autor das mortes, por ser a única pessoa viva. Sem provas, ele foi senteciado a prisão perpétua e mandado para uma prisão chamada : Deadman Wonderland.
Deadman Wonderland foi licensiado, licenciado sei la como escreve.... pela Panini e é um mangá bimestral por aqui.
O preço do mangá se não me engano é R$ 9.90. atualmente no seu primeiro volume.
(24/09/2011)
1 de set. de 2011
28 de ago. de 2011
Otaku Neoclássico #5: Suzumiya Haruhi no Shoshitsu
Falar de qualquer coisa relacionada à franquia Suzumiya Haruhi é pisar num campo minado. Enquanto de um lado temos uma legião de fãs das histórias do S.O.S. Dan, do outro temos um número tão grande quanto de pessoas que odeiam a série por N motivos, a maioria deles relacionados à protagonista titular. Entretanto, Suzumiya Haruhi no Shoshitsu, a adaptação da light novel homônima, pode inverter os papéis, desagradando muitos fãs e agradando àqueles que não gostavam do anime.
Lançado em 27 de Dezembro de 2003, o quarto volume da série de Light Novels escrita por Nagaru Tanigawa (que não tem nenhum trabalho muito relevante além de Haruhi) e ilustrada por Noizi Ito (que também ilustrou a série Shakugan no Shana) conta os eventos de uma semana antes do natal durante a qual Kyon subitamente se vê num mundo onde a onipotente líder do S.O.S. Dan deixou de existir e ninguém o conhece. Ele começa então uma busca frenética à procura de respostas para o que causou o misterioso Desparecimento de Haruhi Suzumiya.
Enquanto Suzumiya Haruhi é desde o começo da série a personagem central, a mais popular sempre foi Nagato Yuki e os motivos para isso são bem óbvios (só seriam mais se de repente ela começasse a pilotar mechas…). Os fãs sempre pediram que fosse dado mais destaque a ela e assim surgiu a novel que deu origem à melhor animação inspirada na franquia até o momento. É extremamente fácil notar as diferenças entre esse filme e as duas temporadas do anime, mas explicitarei as principais mais a frente.
Tecnicamente falando, esse filme possui uma qualidade acima da média mesmo para os padrões de 2010, o ano de seu lançamento. A animação é, no mínimo, belíssima. A fluidez dos movimentos é realmente excepcional e o brilho utilizado nas imagens dá a tudo um toque especial. A trilha sonora se funde perfeitamente com o que é mostrado na tela e logo os espectadores podem começar a sentir que também eles estão num dia frio de inverno. Esse clima frio, por sinal, é outro grande trunfo da animação. Tudo é extremamente silencioso, lento, tranquilo, como a própria neve – ou em japonês, Yuki. Claro nada disso significaria muita coisa se o enredo fosse tolo ou falho, mas, felizmente, ele não o é.
Uma coisa que admiro na direção de Takemoto Yasuhiro (Lucky Star, Suzumiya Haruhi no Yuutsu, Fullmetal Panic? Fumoffu) é a capacidade por ele demonstrada de transmitir o interior das personagens através de imagens. Enquanto as duas temporadas do anime (Suzumiya Haruhi no Yuuutsu e Suzumiya Haruhi no Yuutsu 2009) tinham um clima apressado e insano como a personalidade da protagonista Suzumiya Haruhi, essa animação carrega a essência das duas personagens mais interessantes da franquia: Kyon e Nagato Yuki.
A todo o momento as imagens mostradas colocam em xeque as reclamações de Kyon sobre o mundo onde ele tinha de conviver com o S.O.S. Dan. Ele sempre pediu para que o grupo deixasse de existir, porém, no momento em que isso aconteceu, ele se desesperou e foi atrás de um modo de recuperar o antigo mundo.
Entretanto, nessa busca ele encontra uma Nagato tornada numa garota que representava tudo que ele dizia querer da vida. E assim se forma o conflito interno do protagonista. Retornar ao mundo “normal” significaria destruir a nova Nagato e ficar no mundo “sem Haruhi” o forçaria a continuar numa existência comum e entediante.
Esse mesmo dilema sobre o “especial” e o “comum” foi trabalhado no epílogo de Kara no Kyoukai de um modo muito mais aprofundado embora menos compreensível. É o desejo de cada pessoa de se tornar famoso, conhecido, e o medo de que essa fama destrua os momentos tranquilos da vida.
A grande pergunta que esse filme nos faz é se queremos realmente viver nossas vidas comuns ou se desejamos nos tornar especiais. A resposta pode desagradar a muitos e agradar a muitos outros, pois, num novo paralelo, é o oposto da mostrada por Kinoko Nasu. Temos uma coroação do que foi mostrado na série, uma verdadeira homenagem às atitudes insanas e ao modo de vida despreocupado e despretensioso. Não posso deixar de sentir que Tanigawa nunca pretendeu terminar Haruhi ali, afinal, essa é sua série mais lucrativa e encerrá-la de um modo tão melancólico e realista seria uma atitude ousada demais para ele.
Algumas das sequências utilizadas para contar a história são sinceramente geniais – a dos presentes na sala do S.O.S. Dan e o encontro sobre o telhado em especial foram levados de uma maneira que só posso chamar de soberbas. A obra, entretanto, não é perfeita e em determinados momentos começa a se tornar arrastada. O filme tem quase três horas e mesmo que para alguns a própria lentidão com que a trama se desenrola seja uma metáfora, para a grande maioria será difícil suportar tanta melancolia e um desenvolvimento tão vagaroso. Não só isso, mas quando Kyon reencontra Haruhi o espectador é atirado de volta ao clima apressado da série de televisão. É um contraste interessante, mas que nem por isso deixa de quebrar a beleza do que estava sendo feito até então.
No final, Shoshitsu como um todo passa uma sensação de que um pouco mais de ousadia poderia tornar toda a franquia algo incrivelmente bom. Não vou dizer que não é divertida, porém poderia ser ainda melhor.
Chega a ser desnecessário dizer que o filme foi um grande sucesso tanto nos cinemas quanto em home-video. Os ganhos da Kyoto Animation foram enormes e fizeram com que por muito tempo especulassem se haveria uma terceira temporada para a série de TV, entretanto após os recentes “escândalos” envolvendo a seyuu de Haruhi, Hirano Aya, as possibilidades de isso ocorrer caíram muito. O que não chega a ser de todo mal, pois seria uma honra para qualquer série encerrar sua história com uma animação de tamanha qualidade.
Suzumiya Haruhi no Shoushitsu é a prova de (quase) qualquer história pode se tornar uma obra prima quando bem dirigida. Para os fãs da franquia, vale ver um novo lado das personagens e para os que não gostam dela, vale como um filme solo. Talvez não funcione tão bem para aqueles que não gostaram do anime pois a identificação com o protagonista é necessária para a experiência, mas sem dúvidas é um filme que de um jeito ou de outro merece ser assistido, nem que pela beleza visual. Pode até ser uma animação puramente comercial, porém é uma ótima animação comercial.
Título: Gekijōban: Suzumiya Haruhi no Shoshitsu
Estúdio: Kyoto Animation
Gênero: Drama, Aventura, Ficção Científica
Direção: Ishihara Tatsuya, Takemoto Yasuhiro
Duração: 160m
Fonte:JBox